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A casa vazia

 

A casa protegida de Henriqueta, já não tem as suas “coisas”, os móveis, as roupas, os utensílios nem os objectos. Este lugar apenas existe na memória de Henriqueta. Ela nunca viu nem sentiu a sua casa vazia. Ela sabe que a sua casa vai ser demolida. Ela precisa de se despedir. Ela precisa de tempo e de espaço existencial, porque apenas se orienta e se identifica através da memória deste lugar, agora vazio. O comportamento físico de Henriqueta revela sentimentos de perda que são equivalentes ao sentimento de luto. A perda do lugar, onde Henriqueta nasceu e sempre viveu, fragiliza a sua estabilidade existencial e com ela a sua estabilidade emocional.

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